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COVID-19: excesso de peso aumenta risco de intubação em 108%

Um novo estudo divulgado pela CNN na manhã desta quinta-feira, 11 de março de 2021, revela que o excesso de peso pode agravar o quadro de Covid-19. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, o risco de intubação de pacientes obesos com o novo coronavírus pode ser até 108% maior. A pesquisa foi feita com 150 mil adultos que estavam em tratamento contra a Covid-19. 

Ainda em 2020 começaram a surgir os primeiros estudos que apontavam um risco maior de evolução grave da Covid-19 em pessoas com sobrepeso ou obesas.

Em abril, um estudo realizado nos Estados Unidos já havia apontado a obesidade como um complicador para a doença causada pela infecção por Covid-19. Além disso, o Ministério da Saúde já havia apontado uma tendência para esse aspecto nas mortes registradas e citado que trata-se de fator de risco.

Em setembro, um estudo da Universidade de São Paulo (USP) de Bauru, no interior de São Paulo, também concluiu que pessoas obesas ou com sobrepeso estavam mais propensas a desenvolver a forma grave da doença. "Essas pessoas [obesas] já vão apresentar alguns graus de inflamação crônica, além de ter redução na produção de citocinas antinflamatórias e aumento nas citocinas pró-inflamatórias", descreveu a coordenadora do estudo, Sílvia Sales-Peres, professora da USP-Bauru.
 

Como saber se você é gordo ou magro?


A obesidade pode afetar o risco de Covid de várias maneiras. Por exemplo: a obesidade aumenta o risco de comprometimento da função imunológica e inflamação crônica, que podem tornar mais difícil para o corpo combater a infecção por Covid-19. O excesso de gordura também pode tornar mais difícil para uma pessoa respirar fundo, uma consideração importante para uma doença que prejudica a função pulmonar. 

Pessoas obesas também são mais propensas a ter diabetes e pressão alta, que são fatores de risco para Covid-19 grave.


Brasil tem 60,3% da população adulta acima do peso​


De 2009 a 2019, o principal fator de risco à saúde no Brasil foi de desnutrição a alto índice de massa corporal, mostra um estudo publicado recentemente na revista The Lancet.

Global Burden of Diseases, Injuries, and Risk Factors Study ("Estudo sobre a Carga de Doenças, Ferimentos e Fatores de Risco Globais", em tradução livre) foi conduzido por mais de 3.600 cientistas e mostra quais são os fatores que mais afetam a qualidade de vida dos indivíduos em vários países.

O índice de massa corporal é calculado dividindo o peso (em quilos) pela altura ao quadrado (em metros). O indivíduo é considerado acima do peso quando o resultado é acima de 25.

A Pesquisa Nacional de Saúde divulgada nno final de 2020 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que 60,3% dos brasileiros com 18 anos ou mais —o que corresponde a 96 milhões de pessoas—, estavam acima do peso em 2019. Dentro desse grupo, 41,2 milhões (25,9% da população) estavam obesos, ou seja, característica observada em uma a cada quatro pessoas.

A pesquisa também identificou que 19,4% dos adolescentes entre 15 e 17 anos no Brasil estão acima do peso, sendo que 6,7% estão obesos. Entre 2003 e 2019, os resultados de duas pesquisas do IBGE mostraram que a proporção de obesos na população com 20 anos ou mais de idade do país saltou de 12,2% para 26,8%. Já a proporção de pessoas com excesso de peso subiu de 43,3% para 61,7%.

Os dados do levantamento mostraram que, em uma década, o alto índice de massa corporal foi do 4º ao 1º lugar na lista de fatores de risco que geram o maior número de mortes e deficiências do país, um crescimento de 27,5%.

A obesidade está ligada a uma série de complicações, como pressão alta, diabetes e doenças cardiovasculares e do trato digestivo. 

Veja a lista de maiores fatores de risco à saúde no Brasil em 2019
Alto índice de massa corporal
Alta pressão arterial
Tabagismo
Alto índice de glicose no sangue em jejum
Riscos nutricionais
Uso de álcool
Desnutrição
Colesterol (LDL) alto
Disfunções renais
Poluição do ar
Riscos ocupacionais

Maiores fatores de risco à saúde no Brasil em 2009

Desnutrição
Tabagismo
Alta pressão arterial
Alto índice de massa corporal
Alto índice de glicose no sangue em jejum
Uso de álcool
Riscos nutricionais
Poluição do ar
Colesterol (LDL) alto
Riscos ocupacionais
Disfunções renais
*Com informações do Jornal da USP

 

Como resolver a epidemia de obesidade 
 

"Se não nos mantivermos ativos, temos o risco de criar uma nova pandemia de problemas de saúde como resultado do comportamento sedentário", alertou Ruediger Krech, diretor de Promoção da Saúde da OMS, ao divulgar as novas diretrizes de atividade física para o mundo, em novembro de 2020. 
 

Ano passado a Organização Mundial da Saúde lançou um guia com diretrizes sobre atividade física e comportamento sedentário. A organização subiu para até 300 minutos o tempo de exercício semanal indicado. Diretrizes de 2010 recomendavam "pelo menos" 150 minutos de atividade física por semana.
 

A obesidade não é problema estético, e sim de saúde pública. Entre as causas do excesso de peso estão:
- Sedentarismo
- Maus hábitos alimentares
- Uso excessivo de álcool e medicamentos
- Fatores genéticos
- Estresse e outros fatores comportamentais

 

Houve um tempo em que a solução para perder peso estava em dietas com restrições alimentares severas. Mas as dietas da moda só fizeram crescer o problema.

Hoje sabe-se que a restrição calórica não é eficaz para todos no processo de emagrecimento pois diminui o metabolismo, reduzindo a perda de peso e levando ao estresse, com aumento do hormônio cortisol, que provoca o aumento dos estoques de gordura e a compulsão alimentar.

Atualmente, as estratégias mais eficazes para perda de peso são reeducação alimentar, a prática regular de atividade física, e o tratamento de disbiose e inflamações, quando existem.


 
 


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