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BEM-ESTAR

Depressão: atividade física é remédio

Exercícios, mesmo leves, ajudam a prevenir e tratar a doença

Melhorar a saúde física é importante para reduzir a incidência de doenças crônicas, como diabetes tipo II, síndrome metabólica e doenças cardiovasculares, mas também contribui para a saúde mental. Afinal, nós somos uma unidade: corpo e mente.

A população brasileira tem sido cada vez mais acometida pela depressão. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o segundo com maior número de depressivos, com 5,8% da população, ficando atrás somente dos Estados Unidos.


O país também é o que tem maior prevalência de ansiedade no mundo: 9,3%. Os transtornos de ansiedade incluem fobia, transtorno obsessivo-compulsivo, estresse pós-traumático e síndrome do pânico.
 

Especialistas têm alertado para uma epidemia de transtornos e doenças mentais, responsáveis por sofrimento e queda na qualidade de vida. 


Já se sabe que a expectativa de vida de pessoas que lutam contra doenças mentais é reduzida em uma a duas décadas. Além disso, pessoas com sobrepeso e obesas têm um aumento de doenças depressivas em comparação com aquelas com peso saudável. 


Depressão e aumento de peso

A associação entre obesidade e transtornos depressivos é comum e, infelizmente, uma armadilha cíclicaA imagem corporal negativa percebida e as inseguranças podem levar a comportamentos não saudáveis, como alimentação exagerada, baixa auto-estima e aumento do estresse mental. 

Da mesma forma, estudos identificaram se doenças psicológicas, como depressão, podem fazer com que os indivíduos com peso saudável tenham uma chance maior de se tornarem obesos ou com sobrepeso. Os sintomas depressivos podem afetar negativamente a saúde física por meio do desenvolvimento de transtornos alimentares e aumento do isolamento , o que pode levar à diminuição da atividade física. 
 

 
Causas do ganho de peso

Os adultos brasileiros continuam ganhando peso ano após ano. 61,3% dos brasileiros estão acima do peso, o que significa que grande parcela da nossa população está em maior risco de desenvolver condições crônicas de saúde. 

Podemos atribuir o aumento da obesidade a 2 questões principais:
Estilo de vida sedentário: a tecnologia é uma bênção e uma maldição. Podemos ter qualquer coisa que quisermos entregue à nossa porta e isso está afetando nossa saúde. Em vez de dar um passeio até o supermercado ou passar uma tarde andando no shopping, optamos pela entrega no dia seguinte e coleta na calçada. 
Dieta rica em calorias e pobre em nutrientes: assim como viver um estilo de vida sedentário, a dieta é o resultado de estar muito ocupado e desejar as coisas imediatamente. Geralmente consiste na ingestão diária de alimentos processados ​​e ricos em açúcar, sal e gorduras saturadas prejudiciais à saúde. Seguir uma dieta rica em alimentos integrais, incluindo frutas frescas, vegetais e gorduras saudáveis ​​como carnes magras e azeite pode reduzir muito o risco de doenças cardiovasculares e ajudar a manter um peso saudável. 


Custo psicológico do ganho de peso


Quer você tenha caído na armadilha da dieta fast food, ou seja muito sedentário (a), você sabe que o impacto do ganho de peso é prejudicial à saúde e pode começar a despertar sentimentos de desesperança. 


O ganho de peso indesejado quase sempre leva a uma imagem corporal negativa. Já foi demonstrado em estudos que a imagem corporal desempenha um papel significativo nos distúrbios alimentares e de peso e foi associada ao comportamento depressivo. 


Estudos recentes descobriram que indivíduos obesos têm mais consciência corporal do que aqueles com peso saudável e que têm mais dificuldade em perder peso devido ao estresse. O estresse psicológico está diretamente relacionado ao aumento dos níveis de cortisol, que tende a fazer o corpo reter os estoques de gordura. 

O estresse psicológico também pode aumentar a sensação de ansiedade e desanimar as pessoas a começarem a se alimentar de maneira saudável ou a praticar exercícios. 
 

Embora a genética também possa desempenhar um papel no desenvolvimento da depressão ou no aumento do risco de obesidade e doenças crônicas relacionadas, há muitas coisas que você pode fazer todos os dias para reduzir o risco. 


Pequenas mudanças em sua rotina normal podem ter um impacto significativo em seu bem-estar mental geral, como melhorar a dieta e aumentar os exercícios.


Depressão e saúde física

A causa da depressão nem sempre é conhecida e pode surgir de fatores biológicos (genética), química cerebral individual, certos medicamentos, estresse descontrolado e nutrição inadequada. 
 

A doença mental e a incidência de sobrepeso ou obesidade frequentemente ocorrem juntas, seja como resultado uma da outra, ou simplesmente devido ao compartilhamento de fatores de risco comuns: sedentarismo, tabagismo, má nutrição e consumo de álcool. 


Medicamentos prescritos para depressão e transtornos de ansiedade têm sido amplamente aceitos e têm muito sucesso na manutenção da saúde mental de quem sofre dessas condições. Um efeito colateral de muitos desses medicamentos, entretanto, é o ganho de peso. 
 

É sempre uma boa ideia contratar um profissional de saúde mental para ajudá-lo em sua jornada para a saúde mental. Esses profissionais podem ajudar a identificar os gatilhos para sua ansiedade e depressão e orientar o caminho para o bem-estar geral. 


O que a atividade física pode fazer por você?

​A boa notícia é que um estudo feito na Noruega durante 11 anos comprovou: atividade física, mesmo que leve, ajuda a prevenir e tratar a doença.  
 

Na pesquisa, publicada, no periódico científico American Journal of Psychiatry, quase 34 mil noruegueses sem sintomas de ansiedade e depressão foram acompanhados por 11 anos. De acordo com os resultados, as pessoas sedentárias foram 44% mais propensas a ter depressão, em comparação àquelas que faziam pelo menos uma hora de atividade física por semana.


O estudo não conseguiu provar uma relação de causa e efeito entre o exercício e o risco de depressão, mas os autores dizem que os resultados indicam para esse cenário, especialmente porque foram controlados outros fatores potenciais, incluindo tabagismo e consumo de bebida alcoólica.
 

Já é amplamente conhecido o fato de que a atividade física, principalmente exercícios aeróbicos, feita por mais de 20 minutos, libera serotonina e neuroendorfina, substâncias responsáveis pela sensação de bem-estar. 


Não é de admirar que o exercício tenha demonstrado fazer as pessoas se sentirem "mais felizes do que o dinheiro”, de acordo com uma pesquisa das universidades de Yale e Oxford.


Quando se movimenta, nosso corpo entra em equilíbrio. Passa a produzir uma série de substâncias antiinflamatórias e a inibir as pró-inflamatórias, além de liberar hormônios capazes de proporcionar bem-estar, alegria e prazer.


A atividade física diminui ainda a resistência à insulina (adiando ou evitando diabetes tipo 2), melhora o funcionamento do coração e evita a perda de massa muscular, algo fundamental para ser ativo por toda a vida. Também é importante para a saúde mental e o sono.


Muitas vezes as pessoas desistem de começar porque focam na dor ou acham que se exercitar é apenas algo para perda de peso. Experimente!
 

Quando você se exercita:
1.Tem mais disposição para aproveitar a vida com quem ama
2.Tem menos estresse
3. O controle do peso é muito mais fácil
4. Sente menos mau-humor
5. Dorme melhor e tem mais energia
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